Jogadores comemoram gol na vitória por 3 a 0 sobre o Atlético, a última partida em que o Cruzeiro fez gol (Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Já são sete partidas sem nem um golzinho sequer. Mesmo com um elenco recheado de opções ofensivas consagradas no futebol nacional, o Cruzeiro não consegue marcar. É o maior jejum da história de 98 anos do clube. Afinal, por que o time não balança as redes adversárias? O que explica o momento tão ruim do ataque?



Jogadores foram questionados sobre o tema nos dias que antecederam o duelo contra o Internacional, às 21h30 desta quarta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil. O armador Robinho e o atacante Pedro Rocha analisaram a baixa produtividade recente do sistema ofensivo. Curiosamente, os dois marcaram na última vez que o torcedor celeste comemorou gols: vitória por 3 a 0 sobre o Atlético, no Mineirão, em 11 de julho, pela partida de ida das quartas de final. Thiago Neves também foi às redes.

“É difícil tentar explicar por que os gols não estão saindo. Não estamos deixando de trabalhar, estamos fazendo aquilo que é preciso, talvez até mais, mas infelizmente a bola não entrou nesses últimos jogos. Nosso ataque é muito bom, é indiscutível a qualidade de cada um. Mas, infelizmente, a bola não está entrando neste momento que estamos passando, as coisas acabam não se encaixando e a vitória não vem. Isso dificulta bastante, mas, como falei, vamos trabalhar para voltarmos o mais rápido possível a fazer gol e ganhar as partidas”, avaliou Pedro Rocha, autor do primeiro gol naquele clássico contra o Atlético, em chute de fora da área.

Robinho também tentou explicar a queda de rendimento, mas admitiu dificuldade: “Se eu soubesse essa resposta, teríamos feito gols em todos os jogos. Também não consegui chegar a essa conclusão”, disse. “Claro que está faltando um pouco mais de criação dos meias e um pouco mais de finalizações dos atacantes. Não só dos atacantes, da gente também. Precisamos criar mais e ajudar mais os atacantes.Vamos tentar chegar a essa conclusão o mais rápido possível porque está na hora para voltarmos a fazer gols”, completou.

O técnico Mano Menezes manteve o mistério ao longo da semana, mas a tendência é que haja alterações no time contra o Internacional em relação ao que foi a campo no revés por 2 a 0 para o Atlético, no último domingo. Robinho, recuperado de dores na panturrilha esquerda, deverá ser titular no lugar de Marquinhos Gabriel ou Fred.

A outra dúvida é justamente no comando de ataque. Se Fred for titular, a dupla de pontas será formada por Robinho, na direita, e Pedro Rocha, na esquerda. Caso o camisa 9 fique no banco de reservas, Pedro Rocha jogará como centroavante, com Marquinhos Gabriel (esquerda) e Robinho (direita) nas pontas. Uma terceira alternativa é a entrada de Sassá, autor de quatro gols em 21 jogos na temporada.

Cruzeiro e Internacional se enfrentam na partida de ida da semifinal da Copa do Brasil nesta quarta-feira, a partir das 21h30, no Mineirão. O jogo de volta está marcado para o dia 4 de setembro, uma quarta-feira, no mesmo horário, no Beira-Rio, em Porto Alegre. O vencedor enfrentará Grêmio ou Athletico-PR na decisão.



O jejum de gols do Cruzeiro

Cruzeiro 0 x 0 Botafogo - Mineirão, 14 de julho de 2019, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro

Atlético 2 x 0 Cruzeiro - Independência, 17 de julho de 2019, pela partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil

Bahia 0 x 0 Cruzeiro - Fonte Nova, 20 de julho de 2019, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro

River Plate-ARG 0 x 0 Cruzeiro - Monumental de Núñez, 23 de julho de 2019, pela partida de ida das oitavas de final da Copa Libertadores

Cruzeiro 0 x 2 Athletico-PR - Mineirão, 27 de julho de 2019, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro

Cruzeiro 0 (2) x (4) 0 River Plate-ARG - Mineirão, 30 de julho de 2019, pela partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores

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