Pedro Rocha foi o cara do clássico de ontem e brilhou na vitória do Cruzeiro por 3 a 0 contra o Atlético-MG, ajudando a equipe a dar um passo importante na Copa do Brasil. A escalação do atacante no lugar de Fred foi recebida com surpresa antes do jogo e acabou sendo crucial para a construção da vitória. Mas a troca dos jogadores já estava sendo estudada há mais tempo por Mano Menezes, que utilizou a formação apenas em treinos fechados e escondeu o verdadeiro time nas atividades abertas.



Em sua entrevista, Mano revelou que já havia observado Pedro Rocha atuando como centroavante ainda na época do Juventus, quando o jogador estava emprestado pelo Grêmio. Nesta intertemporada, o técnico manteve Fred como titular em um jogo-treino aberto na Toca da Raposa, mas testou a nova formação com Pedro Rocha quando os portões do centro de treinamento já estavam fechados.

"Ele já havia feito essa função. Não trabalhamos tanto taticamente, apenas fizemos nossa escolha. Mas eu não fiz isso nos jogos-treinos para que o adversário não ficasse sabendo o que eu estava pensando. É difícil para os zagueiros saírem correndo atrás de um jogador rápido como o Pedro Rocha. Você não tem certeza se irá funcionar bem, mas hoje funcionou", disse o treinador.

Réver e Igor Rabello, zagueiros do Atlético-MG, estavam preparados para um jogo de muito contato físico com Fred dentro da área. Mas a movimentação de Pedro obrigava pelo menos um deles a sair para marcar o atacante do Cruzeiro, abrindo espaços na zaga e desestruturando as linhas defensivas do Galo. Ainda antes do intervalo, Pedro marcou um golaço e presenteou Thiago Neves com outro gol, também muito bonito.



"Às vezes eu acordo às 4, às 3 da manhã. Fico pensando algumas coisas, às vezes pode dar certo. No jogo contra o Inter de Minas (no último sábado) eu trabalhei com o Pedro pela direita. Quando fizemos o treino dessa semana, tirei o Fred e coloquei o Pedro. E as coisas se encaixaram bem. Fizemos o treino de bola parada ofensiva na quarta-feira e falei que dois desses três jogadores iriam jogar. É a vida da gente, trabalhar, tentar tomar a decisão correta. Treinador tem que solucionar problemas, e nós estávamos tendo esses problemas de profundidade", concluiu o treinador.

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