Robinho é um dos responsáveis pelas ações ofensivas do Cruzeiro e reconheceu que o time segue pobre no setor criativo
Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

No decorrer das nove partidas que o Cruzeiro ficou (e ainda está) sem vencer na temporada, um assunto passou a ser cada vez mais questionado. O time bicampeão da Copa do Brasil ficou 'manjado'?



Acostumado a praticar um futebol reativo, a equipe de Mano Menezes passou a ter dificuldades para encaixar seu setor ofensivo. Mais do que isso, tem apresentado baixa capacidade de criar boas jogadas, algo que incomoda principalmente por contar com jogadores renomados.

Faltando pouco mais de uma semana para voltar do recesso, recuperar o poder de fogo passou a ser uma das principais metas de Mano e seus comandados.

O Cruzeiro de Mano sempre priorizou uma defesa bem postada e segura para só então cuidar do ataque. Foi assim que a equipe construiu a maioria de suas vitórias em decisões e conquistou as últimas duas Copas do Brasil, se comportando bem sem a bola e matando as partidas em poucas oportunidades.

Mas, nos últimos meses, a equipe deixou de ser cirúrgica e ainda passou a cometer erros defensivos antes não vistos. A queda de produção coincidiu com o início do Campeonato Brasileiro, e não mais se limita quando o time joga contra adversários retrancados.

Apesar do caráter amistoso, o jogo-treino contra o América-MG, na segunda-feira, foi mais um indício de que as coisas ainda não engrenaram. Mano esboçou as primeiras mudanças no time, mas a equipe ainda não mostrou evolução. Jogando com os titulares no primeiro tempo, o time celeste saiu derrotado por 2 a 1 nos 90 minutos, marcando seu gol apenas no final da atividade, com Raniel, de pênalti.

"Na parte ofensiva, estamos criando muito pouco. Isso tem incomodado, principalmente no Brasileiro. Tirando o jogo contra a Chapecoense, nos outros a gente não consegui criar muito. Está faltando, de repente, colocar um pouco mais de velocidade nas jogadas. Não consegui entender o que a gente precisa fazer, no jogo-treino isso ficou nítido. Precisamos mudar isso, o Mano tem falado muito isso", comentou Robinho, um dos responsáveis pela criação.

Como Edilson e Orejuela seguem no departamento médico, Lucas Romero tem atuado improvisado na lateral direita. No meio, Mano voltou do recesso utilizando Jadson como titular, deixando o time com três volantes (ao lado de Henrique e Robinho) e dando outra característica ao setor, já que o ex-jogador do Fluminense tem características mais ofensivas que o concorrente Ariel Cabral.

Para o segundo semestre, outra possível novidade no time pode ser a entrada de Rodriguinho. O meia começou o ano voando, mas sentiu a falta de ritmo principalmente após o fim do estadual, e caiu de produção.

Hoje, Rodriguinho está recebendo atenção especial dos médicos para voltar bem fisicamente a partir das próximas semanas. Não é segredo que Mano pretende testar o jogador ao lado de Thiago Neves. Para isso, terá que utilizar os últimos dias antes do retorno para testar novas formações e ver como devolver o equilíbrio entre ataque e defesa.



Neste sábado, o Cruzeiro terá outro teste pela frente, contra o Inter de Minas, equipe que se prepara para a disputa da segunda divisão do Campeonato Mineiro. Se não agendar nenhum outro compromisso, o adversário seguinte já será o rival Atlético-MG, no dia 11, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

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